Após a rebentação, o surfe!

Em uma ano, maios ou menos, nossas vidas mudaram da água pro vinho, do vinho pra água e novamente da água pro vinho. Muitas mudanças em nossas vidas emocionais e práticas. Muitos ciclos encerrados. Muitos encontros e reencontros. Muitas descobertas e redescobertas. Muitas dores e alegrias. Muitas lágrimas, muitos risos e muitos risos com lágrimas também.

Vou contar as mudanças todas, mas não me demorarei muito em cada uma delas, não seria justo com elas e nem tão gostoso de ler tudo de uma só vez. Contarei em um post para cada, deixando sair as palavras que precisam ser ditas, como sempre faço. Por isso não tenho tanta frequência na escrita aqui. Peço desculpas por isso, mas aqui, o que é dito, é sentido antes primeiro, e às vezes, é preciso um tempo de silenciamento, de digerir o que foi sentido, para somente depois, ser colocado em palavras.

Vamos às mudanças! No post anterior (aqui), contei que passei por uma depressão e estava em tratamento. Pois bem, no meio, e por conta disso, coloquei o Alexandre na escola. Com três anos de idade, como eu havia planejado. Só que não na escola que eu tinha sonhado, idealizado, planejado. É a maternidade real batendo na cara novamente. Tive que aceitar. O que me deixou mais tranquila é que ele ama a escola. E é ele quem vai passar os dias lá né? Então, tenho que respeitar. Claro, se eu visse algum grande problema, a decisão final seria minha, tiraria e pronto.  Não pensem que foi fácil! Não foi. A adaptação dele foi tranquila, até. Mas a minha… Conto tudo noutro momento.

Outra grande mudança: desmame! Ai que dor! E que alívio, ao mesmo tempo! Acho que quem amamentou por um longo tempo como eu, três anos e meio, entende esse misto de sentimentos. Tentei comandar o desmame, mas não deu nada certo. Por pressão interna e externa, mais externa do que interna. Obviamente, não deu certo por esse motivo. Eu não estava convicta de que tinha chegado a hora e não era daquele modo que eu queria terminar essa fase. Queria que partisse dele. E assim foi feito! Assim que eu desisti de tentar comandar, um tempo depois ele se despediu do mamá e parou por conta própria! Conto com detalhes em outro post. Prometo!

A última (?) grande, enorme mudança, foi a separação e mudança de casa. Sim, eu e o pai do Alexandre nos separamos (oficialmente) em dezembro e nos mudamos de casa agora, em fevereiro, em pleno carnaval! Estamos ainda nos adaptando à vida nova, à casa nova, às emoções e sentimentos ambíguos novos. Ao medo, à coragem, à esperança, à luz, à escuridão, às certezas e incertezas. Ao luto, ao renascimento. Fase dolorida, difícil, mas necessária. Ainda estamos no meio disso tudo. Consegui escrever um pouco hoje sobre tudo (e nada), talvez porque eu esteja agora, voltando a respirar novamente com a cabeça para fora da água. Para quem surfa, vai entender o que quero dizer: passei a rebentação agora e dei aquela paradinha para respirar e observar a grande onda que vou surfar.

É isso! Volto aqui, em breve, para contar detalhadamente tudo e também, como enfrentamos tudo.

Beijos saudosos!

Simone

P.S. : Demorei quase uma eternidade para colocar o título nesse post! Tenham compaixão e não me zoem! rs